Fazer a barba pode ser um dos
tormentos diários da vida de um homem.
As mulheres reclamam que
são obrigadas a passar por inúmeras experiências sacrificantes ao longo de sua
(imprescindível) existência, como o ciclo menstrual e o parto, enquanto, segundo
elas, o homem – “esse privilegiado” – passa incólume pela vida: tranquilo, leve
e solto.
Mas eu retruco: tem muitas
coisas que somente o homem tem de passar sim!
Fazer a
barba é uma
delas. E – pelo menos para mim – tem para todo dia ou mais!
Corto-a rente toda
manhã, e se for sair à noite, já não existe mais "aquela maciez"
propagandeada nos comerciais de TV. E lá vamos nós de novo!
Ter pelos na cara (podendo servir às vezes como lixa) que crescem todo dia e todo dia, e no dia seguinte de
novo, significa:
- Conviver com uma
escravidão diária;
- Ter de lidar
habilmente com lâminas afiadíssimas;
- Gastos com produtos
variados;
- Dores, ardências e
pedaços de papel higiênico na cara, que estancam hemorragias que parecem não
ter fim;
- Tempo perdido que se
somado, dia após dia todos os dias da vida adulta, daria para fazer uma
faculdade!
Para que esta “obrigação
diária” não se torne um tormento – ou até mesmo uma cena de sangue – reuni minhas
cinco regras de ouro para uma barba fácil e bem feita, desenvolvidas entre um
corte e outro:
Regra 1: Ter sempre um aparelho novo, de três
ou mais lâminas. Não adianta querer economizar
neste quesito, a eficiência aumenta exponencialmente com o número de lâminas!
Regra 2: A primeira coisa a fazer no banheiro é passar aquela generosa
camada de creme de barbear. Deixe a química fazer seu papel;
Regra 3: Escovar os dentes, fazer todas as outras “coisas mais”,
deixando o creme agir e amaciar a “lixa”, e só depois tomar banho, deixando ir
“ralo abaixo” toda esta primeira camada de creme. Deixe a água quente abrir os
poros da pele;
Regra 4: De novo em frente ao espelho, passar o creme mais uma vez, e
só aí iniciar – tranquilamente – o ato mecânico e transcendental de fazer a
barba, enquanto filosofa sobre a vida em seus pensamentos difusos;
Regra 5: Passar o barbeador sempre no sentido em que nasce o pelo, ou
seja, partindo da parte superior em direção à inferior, invertendo a direção no
queixo e pescoço. Lembrar-se de esticar a pele com a mão livre, pois melhorará
bastante todo o procedimento e evitará cortes.
O uso de uma loção
pós-barba, se existe a tendência para irritações ou inflamações, é outro
procedimento a ser adotado. Na inexistência de aparelhos melhores, podem ser
usados os aparelhos descartáveis, desde que não nos esqueçamos de sua natureza
descartável! Se for tomar sol, passe filtro solar.
Os barbeadores elétricos
tem a vantagem da praticidade, da não utilização de cremes e de não causar
traumas, e a desvantagem de não cortar o pelo tão rente. Pode ser a solução
para dias corridos. Recomendo a aquisição do aparelho, como coringa.
Faça a escolha dos
produtos adequados para seu tipo de pele. Não é frescura!
Deste modo, o aparelho
"desliza macio" e "corta rente", igualzinho aos comerciais que parecem saídos
de mundos de fantasia.
E assim faço – todo dia
e todo dia e todo dia de novo (viu mulheres!) – minha barba de propaganda de
TV!
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