25 de abr. de 2014

Como fazer a barba da melhor forma

Fazer a barba pode ser um dos tormentos diários da vida de um homem.

As mulheres reclamam que são obrigadas a passar por inúmeras experiências sacrificantes ao longo de sua (imprescindível) existência, como o ciclo menstrual e o parto, enquanto, segundo elas, o homem – “esse privilegiado” – passa incólume pela vida: tranquilo, leve e solto.
Mas eu retruco: tem muitas coisas que somente o homem tem de passar sim!
Fazer a barba é uma delas. E – pelo menos para mim – tem para todo dia ou mais!
Corto-a rente toda manhã, e se for sair à noite, já não existe mais "aquela maciez" propagandeada nos comerciais de TV. E lá vamos nós de novo!
Ter pelos na cara (podendo servir às vezes como lixa) que crescem todo dia e todo dia, e no dia seguinte de novo, significa:
- Conviver com uma escravidão diária;
- Ter de lidar habilmente com lâminas afiadíssimas;
- Gastos com produtos variados;
- Dores, ardências e pedaços de papel higiênico na cara, que estancam hemorragias que parecem não ter fim;
- Tempo perdido que se somado, dia após dia todos os dias da vida adulta, daria para fazer uma faculdade!
Para que esta “obrigação diária” não se torne um tormento – ou até mesmo uma cena de sangue – reuni minhas cinco regras de ouro para uma barba fácil e bem feita, desenvolvidas entre um corte e outro:
Regra 1: Ter sempre um aparelho novo, de três ou mais lâminas. Não adianta querer economizar neste quesito, a eficiência aumenta exponencialmente com o número de lâminas!
Regra 2: A primeira coisa a fazer no banheiro é passar aquela generosa camada de creme de barbear. Deixe a química fazer seu papel;
Regra 3: Escovar os dentes, fazer todas as outras “coisas mais”, deixando o creme agir e amaciar a “lixa”, e só depois tomar banho, deixando ir “ralo abaixo” toda esta primeira camada de creme. Deixe a água quente abrir os poros da pele;
Regra 4: De novo em frente ao espelho, passar o creme mais uma vez, e só aí iniciar – tranquilamente – o ato mecânico e transcendental de fazer a barba, enquanto filosofa sobre a vida em seus pensamentos difusos;
Regra 5: Passar o barbeador sempre no sentido em que nasce o pelo, ou seja, partindo da parte superior em direção à inferior, invertendo a direção no queixo e pescoço. Lembrar-se de esticar a pele com a mão livre, pois melhorará bastante todo o procedimento e evitará cortes.
O uso de uma loção pós-barba, se existe a tendência para irritações ou inflamações, é outro procedimento a ser adotado. Na inexistência de aparelhos melhores, podem ser usados os aparelhos descartáveis, desde que não nos esqueçamos de sua natureza descartável! Se for tomar sol, passe filtro solar.
Os barbeadores elétricos tem a vantagem da praticidade, da não utilização de cremes e de não causar traumas, e a desvantagem de não cortar o pelo tão rente. Pode ser a solução para dias corridos. Recomendo a aquisição do aparelho, como coringa.
Faça a escolha dos produtos adequados para seu tipo de pele. Não é frescura!
Deste modo, o aparelho "desliza macio" e "corta rente",  igualzinho aos comerciais que parecem saídos de mundos de fantasia.
E assim faço – todo dia e todo dia e todo dia de novo (viu mulheres!) – minha barba de propaganda de TV!


21 de abr. de 2014

Se eu também "achar", posso sair correndo pelado pela rua?

Eureka! é uma expressão que o mundo conhece e uma das palavras mais populares relacionados com a história da ciência, fazendo - indubitavelmente - parte do imaginário coletivo do povo da terra.

Eureka! representa - além do êxtase da descoberta - o cientista apaixonado pela ciência (e meio doidão, claro). Pode ser traduzida como Encontrei! Achei!

Quem a tornou famosa foi Arquimedes, no século 3 a.C., ao descobrir o hoje chamado "Princípio de Arquimedes".

O cientista se encontrava - naquele misterioso momento que antecede o clímax - na banheira tomando um relaxante banho junto com seus pensamentos dominados por sua pesquisa. O resultado foi - obtida a solução repentina de seu problema - um cientista correndo nu pelas ruas de sua cidade gritando Eureka! Eureka!.

Falta de moral? de pudor? Não! O velho cientista entrou em uma dimensão além desta dos simples humanos. Fácil imaginar como tudo em volta ficou tão pequeno, que desapareceu perante a grandeza da descoberta do novo, da sensação de ser a primeira pessoa do mundo a obter o entendimento de uma lei natural.

Assim, o que importa é correr para o laboratório do jeito que estiver, a hora que for, antes que a ideia, desaforada, fuja e se esconda para sempre.

Ideias revolucionárias são temperamentais!

Hoje em dia, quais seriam as palavras mágicas? como pesquisador, já usei algumas (poucas, infelizmente):
ACHEI! ISSO! YES! MARAVILHA!

E é como a EUREKA: nunca vem como explosão intelecto-emocional solitária, mas acompanhada de uma sequência de atos desabafantes - como punhos agitados em movimentos bruscos - em uma verdadeira catarse.



“Dê-me um ponto de apoio, e moverei o mundo”. Frase de Arquimedes - o cientista peladão - mas que eternizou seu nome na história.

19 de abr. de 2014

"Balas" Geladas de Acerola

A vitamina C é essencial para o correto funcionamento do nosso corpo, e sua imagem nos vem à mente - talvez na forma de uma bela laranja - associada à resistência contra problemas respiratórios, principalmente a gripe.

Mas ela é muito mais que fortalecedora do sistema imunológico: antioxidante, desintoxicante, combate o estresse, o envelhecimento precoce, a obesidade, torna a pele mais bonita, combate o AVC...
Além disso, favorece a absorção de ferro dos outros alimentos, se ingerida em conjunto.

O único problema é que o corpo não armazena vitamina C, e por este motivo temos que primar pela ingestão adequada desta substância todos os dias! Uma boa alimentação pode suprir com facilidade esta necessidade, na forma de laranjas, limões, melões, acerolas, goiabas, mangas, abacaxis, tomates, couve, repolho, brócolis, rúcula, entre outros alimentos. Perante essa grande disponibilidade da vitamina, deveria ser fácil manter sua ingestão dentro da dose diária recomendada, mas a correria do dia-a-dia faz com que nem sempre conseguimos atentar a todos os detalhes alimentares.

Dentre os alimentos citados acima - todos muito ricos nesta substância - a solução para esta dificuldade pode estar na acerola: a campeã de vitamina C! Uma, apenas uma acerolazinha, somada com a vitamina extra presente nos outros alimentos ingeridos, dão conta de toda vitamina C que a gente precisa num dia inteiro! Mas pode-se recomendar a ingestão de duas ou três acerolas como forma de obter uma energia extra para um dia corrido.

E o bom é que ela produz com facilidade incrível e com grande abundância. Quem nunca viu um pé de acerola carregado? Dá praticamente o ano todo, em todas as regiões do Brasil, e é tanta produção que a maior parte das frutinha se perde.

Um presente da natureza!

Acerola no pé.

O único problema é que as frutinhas são altamente perecíveis, e armazenar frescas fica complicado.
Uma forma é congelar para fazer suco: bastante funcional!
Fazendo isso percebi que as acerolas, por terem uma consistência "pastosa" mesmo congeladas, se colocadas à boca vão ficando moles rapidamente e podem ser mastigadas, ou chupadas como uma bala rica em nutrientes!

E, se ingerida logo após as refeições, trará junto a benesse de aumentar a absorção do ferro presente na comida!

Olha só as bichinhas, congeladas e valendo-se da técnica ninja do pote de sorvete:

Acerolas congeladas

Fica a dica. Bem legal antes de sair de casa, ou ir se exercitar, pegar uma ou duas delas e ir sorvendo seus nutrientes, sem ter trabalho algum com processamentos.

Prático, refrescante e funcional!





14 de abr. de 2014

Filosofia Bundocêntrica: Ser vadia é ser livre (?)

Há muito muito tempo atrás, surgia em terras tupiniquins Gretchen –  a matriz geradora de todas as "misses bumbum". Desde então vem ocorrendo, digamos assim, um fenômeno popular de grande sucesso com moças bem dotadas em danças sexualizadas – quase ginecológicas –, baseado no atributo negritado.
E aí assistimos ao longo de muitos anos – sem sacar muito bem a revolução que estava acontecendo – uma sucessão de "grandes sucessos" de matriz bunda lelê, como os do "É o Tchan" e suas "Sheilas", e de uma infinidade de fêmeas-fruta.

Assim, depois de anos sucessivos de grande abundância, chegamos vivos ao começo de 2014, onde tivemos o privilégio de presenciar o funk da cantora Valesca Popozuda, denominado “Beijinho no Ombro”, fazer muito sucesso, trazendo-a aos holofotes da mídia e a colocando involuntariamente em uma polêmica por ter sido chamada de "grande pensadora contemporânea" –  uma provocação de um professor de filosofia em uma prova no Distrito Federal.

Em decorrência deste fato – pois a provocação foi mais que bem sucedida e virou notícia nacional – Valesca deu uma entrevista para a revista ÉPOCA (abril de 2014), cujo título é:


Bom para ela, que ganhou um marketing inesperado!
Em tempo: A entrevista que ela deu mostrou que é uma mulher inteligente, de opiniões fortes e com boa articulação. Sabe o que quer, o que faz e onde quer chegar.

Mas e quanto à opinião expressa por ela? Ser vadia é mesmo ser livre? Tomo aqui a palavra vadia como definição de uma mulher que assume sua sexualidade e lida com seu corpo sem vergonha (ou sem-vergonha!), dando de ombros para a sociedade, fazendo o que quiser, onde quiser.

Quanto à frase que me motivou a escrever este texto, posso dizer que discordo como a ideia foi colocada: se ser vadio é ser livre, implica que quem não é vadio não é livre? No contexto atual de liberdade de expressão no Brasil, pode-se afirmar para a maioria dos casos, lugares e situações, que com certeza: 

Ser vadia (ou vadio) não traz a liberdade por si mesmo, mas significa que temos a liberdade de poder escolher ser! 

E isso é bom!
Deste modo, eu não sou livre como resultado direto do fato de ser "vadio", mas se sou livre posso tranquilamente escolher vadiar e – se respeito os limites da sociedade e uso do bom senso ninguém tem nada a ver com isso! 

Penso que esta frase, colocada pela mãe da filosofia "popocêntrica", foi bem pertinente ao traduzir o pensamento de uma parte da "expressão cultural" do país; este fato, quando assumido, traz a necessidade de uma reflexão por um detalhe que deriva deste "movimento" (esquecendo as derivações auditivas): a exploração de performances quase pornográficas e letras que vão no mesmo sentido na consciente sexualização evidenciada por artistas do gênero bundal tem como platéia não só homens hipnotizados, mas todos que tem ouvidos de ouvir, inclusive as crianças (estão por aí os carros com som na estratosfera que não me deixam mentir).

São novos tempos e costumes, e teremos de lidar com as mudanças, o que a princípio é bom.
Mas o que se pode pensar sobre estes fatos?  É algo que permeia a mídia, a TV, as rádios, e os amplificadores sendo, portanto, atualíssimo, preocupando pais e educadores e levando a sociedade refletir em muitos momentos.

O fato é que estes cantores populares, por estarem em evidência, exercem influência sobre os mais jovens e contribuem para os moldar, e por este motivo talvez seja relevante e interessante também nós sermos grandes pensadores do assunto.
Nesta linha de análise da nossa sociedade, percebe-se que como resultado do "movimento", e implícita no título da reportagem, está a ideia de que – sinteticamente falando – para ser "legal", tem de "descer até o chão", sempre com pouco pano e em poses ginecológicas.

Coisas a se pensar, num exercício de livre pensamento, já que o assunto que foi abordado, ser vadia ou vadio, foi evidenciado:
Uma mulher assumidamente vadia, é legal? E um homem vadio?
E as crianças que recebem essas mensagens? E os pais, os educadores-mor, que tem a filha que caminha para se tornar uma "vadia"? Você, caro leitor,  na condição de pai ou mãe, o que sentiria ou pensaria? Educaria sua filha para ser livre e escolher ser vadia, se ela assim desejar? E quanto ao termo "vulgaridade", ele é pertinente aos dias de hoje? O que é ser uma mulher (ou mesmo homem) "de classe" ou "vulgar"? Isso ainda tem sentido? Existe um ditado que diz que a mulher perfeita sabe ser vadia na cama e dama na sociedade.

Enfim, essa liberdade de ser vadia/o – se uma mulher/homem assim desejar – é boa ou ruim no total da soma? Em minha opinião, com certeza! Uma das maravilhas do mundo moderno, uma liberdade adquirida a duras penas pelos seres humanos e ainda mais (muito mais) pelas mulheres!

Mas sempre tem a questão do outro: minha liberdade entra no limbo quando desestabilizo os que alcanço. Quando o assunto é sexo/sexualização, eu tenho o direito de fazer o eu que quiser, onde quiser? Os pais tem o direito de não ver sua criança presenciando letras e cenas explícitas de conteúdo sexual?

Como opinião pessoal, posso dizer:

  • Viva a liberdade de sermos vadios (se assim desejarmos)!
  • Viva a mulher/homem que tem a capacidade de ser vadia/o em deliciosos momentos!
  • Viva a desrepressão organísmica!

Em segundo lugar, posso dizer que não consigo sentir como algo positivo "ser" vadia/o o tempo todo, em vez de "estar" num momento da vida, de experimentar como uma fase, se assim a pessoa sentir necessidade/vontade, como parte integrante de uma vida rica em vivências.
Também não vejo como ser positivo a invasão dos espaços: o mundo de quem não deseja vivenciar certos exageros, ou que seu rebento seja "violentado" no desenvolvimento de sua sexualidade, deve ser respeitado.
Como se fará isso, não sei: dramas da vida moderna!

Dentro de meus limites pessoais posso dizer que não aprecio, com grandes chances de virem inseridos no pacote da vadiagem como filosofia de vida (coisas que a gente vê): a libertinagem, a irresponsabilidade com o próprio corpo, a vulgaridade, a invasão dos espaços escandalizando e influenciando as mentes em formação e deixando pais preocupados, e a negação dos direitos dos outros.

Dou – destacando a ideia central deste texto – meus aplausos sinceros à liberdade já conquistada e a quem luta pelo direito de sermos o que desejamos – respeitando os limites dos outros – ser.
Por fim, acrescento que não desejo que minha história ressoe pela eternidade como aquela produzida por um ser fútil, sem vida interior e que só vadiou toda vida – e nada mais.

Sejamos livres, então, e que a vida seja rica e valha sempre a pena!

EdiVal
14/04/2014